Apartir do próximo sábado, 1º de novembro, os moradores da Região Metropolitana de Belém (RMB) terão uma nova opção de transporte coletivo. O BRT Metropolitano, sistema integrado que promete revolucionar a mobilidade urbana na Grande Belém, inicia sua operação assistida com tarifa única de R$ 4,60, linhas exclusivas e ônibus modernos equipados com ar-condicionado, Wi-Fi e acessibilidade.

O lançamento foi apresentado nesta terça-feira (28) pelo governador Helder Barbalho, durante visita técnica ao Centro de Controle Operacional (CCO), que vai monitorar em tempo real toda a movimentação do sistema — desde a circulação dos ônibus até a segurança nos terminais.

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"Nosso objetivo é melhorar a qualidade do transporte coletivo da Região Metropolitana de Belém, diminuir o ritmo de percurso e modernizar o conceito de mobilidade. Com uma única passagem, o passageiro navegou ônibus zero milhas, com conforto e dignidade", afirmou Helder Barbalho.

Integração total e tarifa única

O novo modelo conecta os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara, Santa Izabel e Castanhal ao centro de Belém por meio de linhas troncais que circulam em canaletas exclusivas. A integração completa entre as linhas alimentadas e troncais será feita por meio do cartão digital PraJá, permitindo que o usuário realize todo o trajeto pagando apenas uma passagem.

Como será a operação

O passageiro embarca em um ônibus alimentador (cor azul) em seu bairro e segue até os terminais de Ananindeua ou Marituba, onde faz o transbordo sem custo adicional para as linhas troncais — lilás (saindo de Marituba) e verde (saindo de Ananindeua). Essas linhas operam de forma expressa ou paradora em 13 estações ao longo do corredor, com paradas estratégicas em pontos como São Brás, Ver-o-Peso e UFPA.

“O sistema foi planejado para garantir o sincronismo entre a chegada das alimentadas e o embarque nas troncais, conduzindo o tempo de espera e tornando a movimentação mais ágil”, detalhou o governador.

Frota sustentável e bilhetagem digital

Com o ônibus 265, sendo 40 elétricos e 225 modelos Euro 6 — que emitem até 15 vezes menos gases de efeito estufa —, o BRT Metropolitano aposta na sustentabilidade e na redução da poluição. Serão 26 linhas alimentadas e 10 troncais, ampliando a cobertura da rede.

O sistema de bilhetagem é totalmente digital, sem uso de dinheiro dentro dos veículos. O validador eletrônico desconta automaticamente o valor da passagem no cartão PraJá (R$ 4,60 inteiro e R$ 2,30 para estudantes).

"Não há compra de passagem dentro dos ônibus. É fundamental que a população adquira o cartão e faça as recargas antecipadamente", alertou Helder Barbalho.

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Estrutura e segurança

Os terminais de integração foram específicos com foco em conforto e segurança. As estruturas contam com estações de cidadania, ambulatórios, banheiros, lanchonetes, áreas de acessibilidade e atendimento ao usuário.

Toda a operação será monitorada pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que reúne técnicos da Arcon, Detran, Polícia Militar e das concessionárias. O prédio do CCO está em processo de certificação ambiental LEED, com painéis solares, reaproveitamento de água da chuva e sistema de drenagem sustentável.

“A central vai permitir respostas rápidas a qualquer ocorrência e garantir eficiência, segurança e qualidade ao serviço”, destacou o secretário de Estado de Infraestrutura, Adler Silveira.

Mobilidade e modernização

Com expectativa de atender até 3,5 milhões de passageiros por mês, o BRT Metropolitano representa um novo marco na mobilidade da Grande Belém. O sistema busca reduzir o tempo de deslocamento, integrar municípios vizinhos e oferecer mais conforto e previsibilidade aos usuários do transporte público.

“O BRT é uma entrega que une tecnologia, sustentabilidade e inclusão. É um passo decisivo para uma nova era na mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belém”, concluiu o governador Helder Barbalho.